terça-feira, 28 de setembro de 2010

Associação de Circo

Artistas criam Associação Potiguar de Circo

Foto: Júnior Santos A Associação Potiguar de Circo (Apocirco), criada nesta última segunda-feira, já tem data para primeira reunião pública, onde será votado o estatuto da associação e a inscrição de novos associados. A reunião acontece dia 20, às 10h da manhã, no auditório da Fundação José Augusto.
De acordo com o presidente da Apocirco, o circense Naelson Abreu, a Associação foi criada com o objetivo de estimular as atividades no setor e discutir políticas públicas, a exemplo do Ceará, que já tem contemplado no orçamento, programas da atividade circense. “Sem a instituição, o circo fica no anonimato”, disse Naelson. Outro resultado pretendido pela Associação é a finalização do mapeamento dos grupos circenses, proposto pela Fundação Nacional das Artes (Funart), que tem como consequência a geração de subsídios para o setor.

A reunião de fundação da associação foi gerenciada pelo diretor presidente da Escola Potiguar das Artes do Circo (Epac) e membro do Colegiado Setorial de Circo do Ministério da Cultura, Nil Moura, onde foram eleitos Naelson Abreu (Circo Saturno e Colegiado em Brasília), como presidente da associação e Poliana Campelo (Circo do Fuxiquinho), para Vice Presidente. Estiveram também presentes na reunião, cerca de 40 representantes de circo, que já estão associados à Apocirco.

O primeiro compromisso da Associação está marcado para a próxima semana, na Capitania das Artes, onde acontece uma reunião com representantes dos órgãos responsáveis pela expedição de alvarás para a instalação dos circos em locais públicos. A presença da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Sensur), da Cosern, da Caern, Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) e do Corpo de Bombeiros já estão confirmadas. O tema central da reunião é o direito de circulação dos circos e a cobrança de taxas de fixação temporária. Outro tema debatido durante a reunião será a criação ou validação de novos áreas públicas para a circulação dos circos, já que a maior delas, a do Largo do Machadão, deixará de existir. “Existem 40 circos de grande porte no Brasil, que não cabem em Natal, o que é um absurdo. E como vai ficar agora sem a área do Largo do Machadão?”, questionou o presidente da Apocirco.
Segundo Naelson, se não forem tomadas novas medidas, os circos vão ficar definitivamente fora das cidades. “Hoje em dia tem muito circense deixando de fazer o que sabe, para disputar uma vaga de emprego no mercado porque o circo está perdendo espaço”, disse.

A situação se agrava também pelo autoritarismo dos gestores em cidades. Como está previsto em lei, o município tem autonomia na fixação de taxas, no que diz respeito a utilização de terrenos públicos. “Nem todos os gestores têm a sensibilidade para a arte. Às vezes ficamos de fora”.

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